Jornal Correio Braziliense

Cidades

Animais selvagens dividem espaço com tacos e bolinhas no Clube de Golfe



Quem joga ou simplesmente passeia pelo Clube de Golfe tem um contato direto com a natureza em todos os pontos dos 730 mil metros quadrados do gramado. Campo que se mantém verde até nos tempos mais secos, graças a eficiente sistema de irrigação e ao trabalho de 42 funcionários. Joãos-de-barro, pica-paus, quero-queros, sabiás, corujas, gaviões e pássaros incomuns na área urbana, como as curicacas, convivem em harmonia com os jogadores. Todas as espécies têm ninhos espalhados pela imensa área vizinha à Ponte JK e ao Centro Cultural Banco do Brasil (Veja mapa).

Aliás, proteger os ninhos, os animais e as plantas é regra no Clube de Golfe. ;O golfista é essencialmente um ecologista. Aqui, quando um ninho é encontrado, o cercamos. Não toleramos qualquer agressão aos animais;, afirma o presidente da associação, o advogado Féres de Oliveira Jáber, 63 anos. Ele, no entanto, lamenta a falta de interesse da comunidade científica pelo espaço. ;Infelizmente, nunca apareceu ninguém para estudar, catalogar os nossos animais e as nossas árvores. Frequentadores do clube já nos disseram que aqui há espécies raras;, comenta.