Na paisagem, às vezes, árida de Brasília, os ipês surgem como um capricho da natureza. Eles dão à capital dos palácios pitadas de roxo ; como agora ; depois de amarelo, de rosa e, por fim, de branco. Como uma iguaria rara que se degusta aos poucos, as árvores típicas do cerrado brasileiro fisgam o olhar de quem passa e revelam sua beleza devagarinho. Em vez de misturar o roxo com o amarelo, o branco e rosa, as flores desabrocham cada uma a seu tempo para deleite de quem se deixa encantar ou ser arrebatado por elas.
No Distrito Federal, existem pelo menos duas espécies de cada cor. A estrela da temporada, o ipê-roxo. A primeira leva floresce de maio a julho e, a segunda, de junho a setembro. A bióloga Renata Uchôa Alves explica que, no primeiro caso, a floração tem buquês organizados e redondos com até 80 flores. A segunda, também é formada por buquês, só que eles são menores e têm até 40 flores.