Jornal Correio Braziliense

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Burocracia trava pesquisas de Servidores do Observatório Sismológico da UnB

O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) enfrenta problemas de logística para a realização de estudos. O centro, ligado ao Instituto de Geociências, registra em tempo real eventos sísmicos em todo o país e no mundo, mas a rapidez com que os dados chegam não é a mesma do deslocamento da equipe de profissionais para o local em que ocorrem os tremores. Por conta da burocracia, geógrafos, geofísicos e analistas só costumam ter a viagem autorizada, em média, uma semana depois dos eventos. Com isso, a pesquisa acabam comprometida, em razão de os aparelhos que captam a sismicidade da região serem instalados muito tempo depois de constatado o fenômeno.

O motivo do atraso é a falta de plano de emergência, com fundo específico destinado para custeio do transporte, da hospedagem e da alimentação dos pesquisadores nas áreas afetadas, além do suporte técnico. De fevereiro para cá, foram 10 abalos registrados em cidades de Roraima, do Tocantins, de Goiás e de Minas Gerais. O último ocorreu em Montes Claros (MG), na segunda-feira, após o registro de outros quatro terremotos, um deles de magnitude 4,5. Uma equipe de cinco pessoas, entre elas dois técnicos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) viajou em 24 de maio, cinco dias após o início dos tremores. Entre os profissionais estão o analista de sinal sísmico e estudante de geofísica Diogo Farrapo Albuquerque, o analista de sistema de telecomunicação Marcelo Moreira e a subchefe do Observatório Sismológico, Mônica Von Huelsen. ;Quando acontece um abalo sísmico dessa magnitude, o mais correto é irmos imediatamente para o local, mas não existe um plano de emergência;, explicou Huelsen.