Jornal Correio Braziliense

Cidades

Brasilienses recorrem à publicidade para reaver mascotes perdidos

Numa viagem de emergência, Marcio Prazeres, 38 anos, e Viviane Aparecida Prazeres, 31, tiveram de encontrar alguém que abrigasse a cachorrinha deles por quatro dias. Como o canil a que sempre recorriam não dispunha de vagas, eles tiveram de pedir à empregada doméstica cuidasse do animal. Mas, sem que eles soubessem, ela levou a cadela para sua casa, em Santa Maria, e o bicho fugiu. Acabou se perdendo na vizinhança desconhecida. ;Quando retornamos de viagem, a empregada já havia tomado a iniciativa de fazer anúncio e contratar um carro de som para encontrá-la;, conta o bancário Márcio.

O casal faz parte do grande do grande grupo pessoas que perde os animais de estimação em Brasília e recorre à publicidade para reaver os bichos. Por meio de cartazes, faixas, anúncios, folhetos e pela internet, sempre é possível se deparar com fotos e descrições de cães e gatos desaparecidos, iniciativa que, por vezes, costuma surtir efeito. É com a esperança de reencontrar a cadela que Marcio vive uma verdadeira maratona desde que Lana, sua labradora, sumiu, em fevereiro. Ele contratou uma pessoa para distribuir 5 mil panfletos e 10 mil cartazes, e espalhou 50 faixas pela região de Santa Maria. Nem mesmo o cansaço do fim da gestação, impediu Viviane de procurar a mascote. Ela e o marido chegaram a adiar a preparação do quarto da filha em função do desaparecimento da cadela. Hoje, com Alice já em casa, eles não descansam até que a família esteja completa. ;Fiz anúncio em rádio comunitária, fui a abrigo, na Zoonoses e nunca deixei de ir atrás. A gente fez tudo o que estava ao nosso alcance;, enumerou Márcio. O bancário conta que eles já receberam quatro alarmes falsos. Dessas, duas já retornaram aos donos.