Nos anos 1980 e 1990, Brasília criou a fama de capital das bicicletas, então chamadas de ;camêlos;. Mas, nos últimos anos, as habituais rodas de aro dividem espaço com outras bem menores: as rodinhas do skate. É cada vez maior o número de jovens e adolescentes que aproveitam os espaços públicos da cidade, transformando escadas e corrimões em circuitos de manobras. A arquitetura de Brasília é um convite aos skatistas, com os espaços abertos e calçadas vazias nos fins de semana. As pranchas de madeira estão sempre presentes no Complexo Cultural da República, na Ermida Dom Bosco ou, aos domingos e feriados, no final do Eixão Norte.
Todos os dias o barulho das rodinhas no asfalto é uma constante. O mineiro Gabriel Martinez, 24 anos, gosta de andar no Setor Bancário Sul. ;É perfeito, aqui o pessoal não reclama. Eu nunca havia visto tantos skatistas, e o nível aqui é bem maior;, afirma. No local, algumas calçadas chegaram a ser equipadas com pinos para evitar a circulação dos skatistas, mas os jovens não desistiram de praticar no local.