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Diretor presidente da CEB diz que onda de apagões só acaba em 2014

Após sucessivos rombos, a empresa de distribuição da Companhia Energética de Brasília (CEB) saiu do vermelho no primeiro trimestre deste ano. O lucro de R$ 15 milhões sinaliza um processo de recuperação financeira, mas não será suficiente para evitar os apagões. Em entrevista exclusiva ao Correio, o diretor presidente da CEB, Rubem Fonseca Filho, admite a gravidade do sucateamento do sistema elétrico do Distrito Federal e faz questão de não criar ;expectativas irreais;.

O que muda para o usuário a CEB Distribuidora voltar a registrar lucro?
A empresa está pronta para enfrentar os desafios, mas esse lucro de R$ 15 milhões (no primeiro trimestre) é muito pequeno diante das nossas necessidades, e já está todo comprometido com obras em andamento. O resultado representa um novo fôlego. No entanto, não gera recursos suficientes para modernizar o sistema elétrico. Precisamos investir R$ 540 milhões até 2014 e, para isso, teremos de contar com os financiadores.



Quando a população sentirá melhorias no serviço?
A partir de agosto, com a conclusão de algumas obras importantes, os brasilienses começarão a perceber avanços, mas ainda não vai ser uma modificação substancial. No ano que vem, a cidade estará mais preparada para o período chuvoso e, gradativamente, o número de desligamentos vai cair.

As quedas de energia não deixarão de acontecer?
Em hipótese alguma. Mesmo quando a rede elétrica estiver segura, elas vão continuar, mas em menor quantidade, e o tempo de restabelecimento também será menor. O desligamento é uma forma de proteção dos usuários e do próprio sistema. Temos de lidar com chuvas, vento. Estamos sujeitos a problemas com antenas de televisão, outdoors, sem contar com o trânsito, que tem dificultado cada vez mais nosso acesso aos locais onde há queda de energia.