A reunião entre representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), realizada na noite desta quarta-feira, terminou sem acordo apesar dos esforços do governo em manter o diálogo e oferecer alternativas para a resolução do impasse.
Receberam os integrantes do movimento o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), Daniel Seidel; o secretário-adjunto de governo, Gustavo Ponce; o coordenador de articulação social da Secretaria Geral da Presidência da República, Maurício de Gois; além de representantes das secretarias de Segurança Pública e de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano.
Lembrando que a equipe da Sedest permanecerá até a próxima sexta-feira (18) realizando o cadastramento das famílias na área pública ocupada em Ceilândia, o secretário Daniel Seidel se comprometeu, conforme o resultado dos cadastros, a realizar o rápido atendimento das famílias que se enquadrem nas exigências legais pelos programas sociais do governo, especialmente o benefício eventual e a inscrição no DF Sem Miséria.
Outra proposta apresentada pelo governo foi a de encaminhar, em agosto próximo, o projeto de Plano Distrital de Habitação de Interesse Social (Plandhis) para a Câmara Legislativa do Distrito Federal. O plano preverá a concessão de benefício para aluguéis, com os critérios necessários ao seu recebimento.
Os representantes do MTST recusaram as propostas apresentadas e reivindicaram que as famílias permaneçam no local por prazo maior, para continuidade das negociações ou até a aprovação do Plandhis. O governo não permitirá que os representantes do movimento permaneçam em área invadida. A política habitacional do GDF é clara, transparente e respeita os critérios de igualdade e equidade.
O coordenador de articulação social da Presidência da República, Maurício de Gois, ponderou que o movimento considere que não deve haver promoção do conflito e de exposição das pessoas a riscos.
Em audiência de conciliação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ) entre militantes MTST e do GDF, realizada terça-feira (15), o juiz responsável pelo processo manteve a data de 20 de maio para que as famílias saiam voluntariamente do local. O GDF espera que os ocupantes deixem a área voluntariamente, no prazo estipulado pela Justiça.