O delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, prestou depoimento em audiência realizada nesta terça-feira (15/5) para esclarecer o envolvimento do ex-deputado Leonardo Prudente com recebimento de dinheiro ilegal. Durval afirmou que nunca fez doação de campanha para Prudente, contrariando o que o acusado teria sustentado em seu depoimento, horas antes de Durval ser ouvido. Prudente foi filmado escondendo alta quantia nas meias em novembro de 2009.
Depois de ler o processo, Durval afirmou que o dinheiro entregue para distritais era "a título de propina", e lembrou que a origem dos recursos eram contratos de informática. O ex-delegado da Polícia Civil afirma que fazia pagamentos mensais no valor de R$ 50 mil a Prudente, e quando chegavam os créditos suplementares na Câmara, a situação mudava. Era necessário complementar a suposta propina, com mais de R$ 20 mil.
Embora Prudente tenha negado ser dono da G6, firma na qual o ex-deputado foi um dos fundadores que faturou milhões no Governo do Distrito Federal, Durval argumentou que todo mundo sabe que a empresa é do ex-parlamentar, e que a empresa foi criada para extorquir concorrentes.
Com informações de Lilian Tahan