O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu, nesta terça-feira (15/5), o afastamento do cargo, a quebra de sigilo bancário e o sequestro de bens do delegado Rosivaldo Linhares Rosa, lotado em Luziânia (GO). Na ação por ato de improbidade, os promotores afirmam ter provas de corrupção supostamente cometidas pelo policial.
"A corrupção foi confirmada, inclusive inquérito policial instaurado pela Gerência de Correições e Disciplina da Polícia Civil de Goiás registrou que Rosivaldo usava terceiros para extorquir pessoas detidas, a fim de que deixasse de realizar prisões em flagrante ou autuar outros não sujeitos à prisão", informa o MPGO por meio de nota enviada à imprensa.
Segundo os promotores que assinam a ação, tais condutas foram objeto de outra ação de improbidade específica. Nela, é relatado que, em setembro do ano passado, o MPGO ofereceu denúncia contra três pessoas por furto a um supermercado de Luziânia. Após a retirar as mercadorias do estabelecimento, a polícia foi acionada, sendo dois deles presos em flagrante. Na ocasião, os policiais apreenderam também um caminhão que seria usado para transportar os produtos. "Ignorando o fato da participação de três pessoas, o delegado entregou o caminhão a um deles, o que configura flagrante ofensa às normas processuais", acusam os promotores.
Em outra ocasião, o MPGO conseguiu um mandado de busca e apreensão no centro da cidade goiana para colher provas de crime de fabricação e comércio de munições e armas de fogo. "No local, agentes policiais descobriram e apreenderam diversas armas, levando uma pessoa que estava na casa para a delegacia. Segundo esta pessoa, as armas pertenciam a seu irmão que, após contato telefônico, ficou de se apresentar na delegacia.
Uma vez apresentado e contrariando a legislação em vigor, o criminoso não foi preso pela autoridade policial", garantem os promotores. Na mesma ação, há outras denúncias de corrupção contra o delegado.