Devido às horas extras não pagas, médicos da rede pública do Distrito Federal decidiram seguir apenas com seu horário normal de atendimento a partir desta terça-feira (8/5). A decisão foi tomada como forma de pressão até que o GDF pague pelas horas trabalhadas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, os prazos prometidos têm que ser cumpridos como forma de respeito aos profissionais da saúde que já sofrem com o déficit de funcionários. A secretária de Saúde informou que o pagamento das horas extras atrasou devido a uma falha na folha de pagamento, e que o problema será resolvido até sexta-feira (11/5).
A carência de profissionais na área da saúde também foi reconhecido pela secretaria, que relatou que o problema vai ser sanado por meio da abertura de concursos públicos para as áreas da saúde mais necessitadas. No dia 12 de abril foi publicada no diário oficial do Distrito Federal uma contratação temporária. Na época foram registrados 78 profissionais, que foram contratados para cargos em clínica geral, pediatria, ortopedia e traumatologia.
Precariedade
Os médicos do DF reivindicam também melhorias nas condições de trabalho. Na tarde de ontem, uma equipe de diretores do Sindmedico fez nova visita surpresa às unidades de saúde de Samambaia e constatou que a situação de atendimento piorou. Apenas um médico atendia no pronto-socorro do Hospital Regional de Samambaia. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, a emergência pediátrica estava fechada por falta de profissionais. As crianças estão sendo encaminhadas para o Hospital Regional de Taguatinga e, quando o caso não é grave, enviadas para o Centro de Saúde. O Sindmedico informou que denunciará a situação ao Ministério Público do DF e Territórios e ao Conselho Regional de Medicina do DF.
Com informações de Sheila Oliveira