Daqui a um mês, em 27 de maio, 12 alunos do Instituto de Arte, Cia e Cidadania (IACC) vão participar da 2; etapa do Campeonato Brasiliense de Taekwondo. Não há nada de incomum nisso, a não ser pela saúde financeira da instituição, que atende 600 alunos, de segunda a sábado, sem cobrar nada. Segundo o presidente da instituição, William Lima, a luta para manter as portas abertas é constante. Sem subsídios do governo, mas com uma despesa mensal de R$ 5 mil, o IACC está com três aluguéis atrasados ; cada um deles no valor de R$ 2.800. As contas são pagas por alguns patrocinadores da inciativa privada, e os voluntários ajudam doando produtos de limpeza e materiais administrativos.
A ajuda, no entanto, nem sempre chega. ;Quando a IACC não recebe auxílio, eu pago tudo sozinho. Isso influencia na minha família, porque, às vezes, as coisas faltam lá em casa;, revelou William, que também é professor voluntário na instituição, em atividade há 20 anos. Além do taekwondo, o instituto oferece aulas gratuitas de ginástica, futebol, balé, inclusão digital e jiu-jítsu para pessoas de todas as idades e cidades do DF. Os alunos, entre 2 e 50 anos, só pagam a roupa para praticar os esportes. ;Mas, quando alguém não pode, a gente corre atrás;, acrescenta o professor.