Jornal Correio Braziliense

Cidades

Alunos ficam na porta ou mesmo dentro dos colégios à espera de aulas

A decisão judicial que considerou a greve dos professores abusiva e determinou a volta de 80% dos docentes às salas de aula foi ignorada ontem. O rumo do movimento será definido hoje, às 10h, durante assembleia com a categoria em frente ao Palácio do Buriti, mas a orientação da diretoria do Sindicato dos Professores (Sinpro) é a de manter os braços cruzados enquanto não for selado um acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF).



Com o impasse, alunos da rede pública de ensino amargam dias de angústia. A estudante Jaqueline Gabrielle Santos, 17 anos, do 3; ano do Centro de Ensino Médio Asa Branca (Cemab), em Taguatinga, está apreensiva em relação ao vestibular. ;Cada dia de greve complica ainda mais a nossa vida, porque estamos no último ano e precisamos saber do conteúdo para fazer o PAS;, disse. Na manhã de ontem, ela e os colegas Luan da Costa, 17 anos, Carlos Rubens Prateado, 18, Maurembergue Santos, 18, e Ana Clara Oliveira, 16, conversavam encostados no muro de uma casa. Por causa de um acidente na quadra de esportes com um funcionário, eles tiveram as poucas aulas suspensas. ;Nunca tem aula normal. Os professores que vêm passam trabalho e prova, mas temos que vir. É ruim porque a gente assiste uma ou duas aulas e vai embora;, explicou Luan.