Cerca de 70% do efetivo dos agentes de atividades penitenciárias do Complexo Penitenciário da Papuda estão parados desde a meia noite dessa quinta-feira (19/4). Segundo o sindicato, em torno de mil agentes aderiram a paralisação, que deve durar 24 horas.
A situação se agrava pelo fato desta quinta ser dia de visita na Papuda. A categoria pede para que a secretaria de Segurança Pública mande outros servidores para fazer o trabalho durante o horário em que os detentos estiverem com visitas.
A categoria pede aumento no número de funcionários, mais viaturas, além de outros equipamentos de trabalho, como rádios comunicadores e coletes a prova de bala. Também pedem uma reestruturação salarial. Ainda nesta manhã será realizada uma reunião entre os próprios agentes e depois eles devem sair em carreata para o Palácio do Buriti.
Agentes do Caje fazem operação padrão
Enquanto isso os agentes sócio educativos que atuam no Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje), continuam tentando as negociações com o governo. Nesta quinta-feira (19/4) completa uma semana desde que a categoria começou a operação padrão. A esperança é que com as mudanças no quadro de direção da secretaria da Criança, as negociações avancem, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Atendentes de Reintegração Social do Distrito Federal (Sind-ATRS/DF), Cristiano Torres.
Durante a operação padrão os agentes estão seguindo a cartilha para cumprimento das normas relativas às medidas socioeducativas, que é o manual que rege os procedimentos da categoria. Nele, por exemplo, as escoltas de menores deve ser feita na proporção de um agente para cada menor infrator. Ainda segundo Cristiano, muitas vezes eram realizadas escoltas de até oito menores, pom apenas um agente.
O vice-presidente do sindicato diz que não se trata de uma paralização. Ele explica que eles estão seguindo a lei, e por falta de servidores, algumas operações não estão sendo realizadas. A categoria por enquanto não pensa em manifestações nem em greve. Primeiro querem sentar com a nova secretária, Rejane Pitanga, que assumiu a pasta na terça-feira (17/4), para conversar, e dependendo do resultado das negociações, decidir se tomam ou não medidas mais sérias de reivindicação.
As principais reivindicações do sindicato são a criação de um plano de carreira, o aumento do quadro de servidores e melhores estruturas para trabalhar, como treinamento dos profissionais e carros apropriados para o transporte dos internos.