Jornal Correio Braziliense

Cidades

Reunião entre professores e GDF termina sem acordo e greve deve continuar

A reunião entre professores e Governo do Distrito Federal (GDF) que ocorreu na noite desta quinta-feira (12/4) durou pouco mais de meia hora e deixou os grevistas insatisfeitos. Durante o encontro, o GDF insistiu que não há a possibilidade de oferecer aumento salarial aos educadores da rede pública de ensino. Entre seis propostas apresentadas aos reivindicadores estão a incorporação integral da Titularidade de Dedicação Exclusiva ao Magistério (Tidem) em seis etapas anuais a partir de 2013; o pagamento da dívida para acerto de contas de exercícios anteriores, metade em 2013 e metade em 2014; e a divulgação do edital de convocação para contratação de professores e profissionais da educação em substituição às vacâncias decorrentes de aposentadorias, exonerações e falecimentos desde 01 de janeiro de 2012.

Também foi proposto a definição de calendário para a realização das eleições das equipes de direção de escolas e dos Conselhos Escolares; o envio de Projeto de Lei à Câmara Legislativa propondo nova redação para artigo da Lei do Plano de Carreira, corrigindo sua inconstitucionalidade; e garantia aos aposentados de incorporação total da Tidem, vinculada ao cumprimento da percepção da gratificação nos últimos 19 meses de exercício.

Segundo o diretor jurídico do Sinpro, Washington Dourado, as ofertas não mostravam nada de concreto para 2012. "A reunião foi um absurdo. Hoje precisamos de mais de dois mil professores", protestou.

Participaram reunião o secretário de Administração Pública wilmar Lacerda, secretário de Governo Paulo Tadeu, além de representantes das secretarias de Educação, Fazenda e Planejamento.

Durante todos os dias da semana houve encontro entre os lados. Os professores prometeram ficar acampados em frente ao Palácio do Buriti até o governo ceder. Amanhã terá assembleia às 9h em frente ao Teatro Nacional. A greve já dura mais de um mês.