Uma interceptação telefônica da Polícia Federal na Operação Monte Carlo sugere suposta tentativa de Agnelo Queiroz (PT) de se aproximar do contraventor Carlinhos Cachoeira. Numa das escutas, o araponga Idalberto Matias, o Dadá, se refere ao petista como ;01; e ;Magrão;, apelido do governador do Distrito Federal, em diálogo com o bicheiro, gravado em 16 de junho do ano passado. Dadá afirma ter conversado com o ex-subsecretário de Esporte do DF João Carlos Feitoza, conhecido como Zunga, sobre encontro entre Cachoeira e o ;01;. ;O Zunga me ligou aqui. Tá querendo falar com você que o chefe dele, o 01, o Magrão, quer falar com você;, afirma Dadá. Para a PF, trata-se de Agnelo.
Além de ter trabalhado na secretaria de Esporte, Zunga ajudou na campanha do ex-chefe de gabinete de Agnelo Cláudio Monteiro a deputado distrital pelo PRP em 2010. Monteiro pediu para se afastar do cargo na noite de terça-feira, depois que reportagem do Jornal Nacional divulgou escuta telefônica em que Dadá conversa com o coordenador do Centro-Oeste da Delta Construções, Cláudio Abreu, e trata de um suposto presente que seria dado a ele em dinheiro: R$ 20 mil e R$ 5 mil em troca da nomeação do diretor-geral do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).