A Polícia Militar afastou nove policiais acusados de atrapalharem a rotina da corporação. Dois tenentes-coronéis e um major respondem à sindicância por supostamente incentivarem seus subordinados a fomentar a chamada Operação Tartaruga. Um deles é o comandante do 13; Batalhão (Sobradinho), Ropper Kenedy. Ele é suspeito de criticar a instituição por meio de mensagens publicadas em redes sociais. Segundo o comandante da PM, coronel Sebastião Gouveia, Ropper será substituído ainda hoje.
O tenente-coronel Marcus Paulo Koboldt, que trabalha na formação de praças, estaria incentivando os novos soldados a retardar o atendimento à população. André de Lauro Rigueira é major. Seis praças também podem ser punidos por atrasarem propositalmente as ocorrências. Um deles é o sargento Cristino, integrante do Batalhão da Asa Norte. De acordo com Gouveia, ele levou mais de uma hora para chegar até a 413 Norte, na noite da última sexta-feira (6/4). Na ocasião, um assaltante baleou e matou o servidor do Banco Central Saulo Batista Jansen, 31 anos, dentro de um restaurante.
O Departamento de Tecnologia da PM, por meio de rastreamento, constatou que a viatura comandada pelo sargento Cristino não levaria mais do que três minutos até o local do latrocínio. Ele e os outros dois soldados que o acompanhavam podem ser expulsos caso fique comprovado a má-fé.