Bastam alguns minutos de observação no trânsito de Ceilândia, cidade onde ocorre mais mortes em acidentes na faixa de pedestre, para entender o triste título. Na Avenida Hélio Prates, próximo ao Corpo de Bombeiros, quem anda pela rua ignora as listras brancas no chão na hora de atravessar, mesmo estando a poucos metros de uma faixa. O casal Vanessa Gomes, 22 anos, e José Volnei, 24 anos, cruzou a via fora da faixa. A dona de casa carregava no colo o filho de apenas 10 meses de idade. ;Eu falei para a gente atravessar no lugar certo, acho mais seguro, mas ele (José) é muito impaciente;, tentou justificar Vanessa. Questionado, o auxiliar de mecânico não soube explicar porque prefere se arriscar entre os carros. ;Não tenho esse hábito (de usar a faixa), mas sei que é melhor, que os motoristas param para a gente passar;, afirmou.