Jornal Correio Braziliense

Cidades

Faixas de pedestres existem desde 1997, mas desrespeito ainda é grande

Ao longo desses 15 anos da faixa, a maioria dos motoristas e pedestres aprenderam a se respeitar nas ruas e viraram exemplo para o resto do Brasil. Mas ainda assim são muitos os desrespeitos à lei, de ambos os lados. Eles não se entendem na correria do dia a dia e insistem em ignorar o que diz o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A reportagem do Correio esteve ontem em algumas ruas do Plano Piloto e de Ceilândia e flagrou diversas irregularidades. Enquanto muitas pessoas atravessam a rua fora da linha pintada no chão, condutores não param os veículos mesmo depois de alguém esticar o braço e fazer o sinal da vida.

Bastam alguns minutos de observação no trânsito de Ceilândia, cidade onde ocorre mais mortes em acidentes na faixa de pedestre, para entender o triste título. Na Avenida Hélio Prates, próximo ao Corpo de Bombeiros, quem anda pela rua ignora as listras brancas no chão na hora de atravessar, mesmo estando a poucos metros de uma faixa. O casal Vanessa Gomes, 22 anos, e José Volnei, 24 anos, cruzou a via fora da faixa. A dona de casa carregava no colo o filho de apenas 10 meses de idade. ;Eu falei para a gente atravessar no lugar certo, acho mais seguro, mas ele (José) é muito impaciente;, tentou justificar Vanessa. Questionado, o auxiliar de mecânico não soube explicar porque prefere se arriscar entre os carros. ;Não tenho esse hábito (de usar a faixa), mas sei que é melhor, que os motoristas param para a gente passar;, afirmou.