A Justiça ouviu, nesta manhã de sexta-feira (30/3), os dois últimos suspeitos de participar do triplo homicídio da 113 Sul, em agosto de 2009. Paulo Cardoso Santana e Francisco Mairlon Barros Aguiar são acusados de matar o ministro José Guilherme Villela, a mulher dele Maria Carvalho Mendes Villela, e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva em troca de R$ 10 mil e jóias da família.
Segundo os autos, eles teriam cometido o triplo homicídio a mando da filha do casal, Adriana Vilella, e do ex-porteiro do bloco C, Leonardo Campos Alves. Paulo e Francisco negaram participação no crime e alegaram que a Polícia Civil do DF os obrigou a confessar e os instruiu a depor sobre o caso por meio de violência física e psicológica. O promotor, Maurício Miranda disse, no entanto, que a troca de acusações faz parte dos planos da defesa e que alguns depoimentos são muito longos para terem sido forjados.
Essa foi a última audiência de instrução do caso. Agora, a defesa tem três dias para pedir novos detalhes dos autos à Justiça e traçar novas estratégias para o julgamento. Em contrapartida, o juiz decidirá se o caso irá a júri popular. A instrução teve início por volta de 9h40 e terminou 12h10, sendo que cada um dos réus falou por cerca de uma hora e vinte minutos.
Adriana e Leonardo foram ouvidos na última audiência, no dia 16 de março. Os autos do processo foram distribuídos ao cartório no dia 1; de outubro de 2009. Em outubro de 2010, o juiz do Tribunal do Júri de Brasília acatou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, na qual quatro réus foram denunciados. São cerca de 11 mil páginas, em 56 volumes de processo.