Quase um mês e meio após a morte de Marcelo Dino, ainda restam muitas dúvidas a respeito das circunstâncias do atendimento ao adolescente. Dez pessoas, entre familiares e funcionários do Hospital Santa Lúcia, já prestaram esclarecimentos à Polícia Civil. Hoje, mais dois integrantes da equipe médica devem ser ouvidos por investigadores da 1; Delegacia de Polícia, na Asa Sul. Em depoimento, no último dia 2, a médica intensivista plantonista da unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica Izaura Emídio informou que, momentos antes de Marcelo ter a crise, ela se ausentou da UTI para auxiliar um colega em um parto. Enquanto a família acusa o hospital de demora no atendimento, a direção da unidade afirma que o garoto teve uma ;asma fatal;.
Segundo informou à polícia, Izaura teria sido chamada, por volta das 5h30 de14 de fevereiro, para auxiliar na realização de um parto no centro obstétrico. Ela foi à sala de cirurgia e permaneceu no local por 20 minutos. Enquanto isso, o hospital garante que o médico intensivista da UTI Neonatal, João Pimentel, ficou responsável pelas duas unidades. Ao fim do parto, Izaura soube, por meio das auxiliares de enfermagem, que ;tudo estava tranquilo;. Por volta das 6h10, na sala de descanso dos médicos, Izaura recebeu a informação de que a mãe de Marcelo tinha dito que o filho estava ;cansadinho;, mas que ;ele estava bem e que ele estava saturando bem;.