A decana de Assuntos Comunitários da UnB, Carolina Cássia Batista, enviou ontem um e-mail para toda a equipe do setor com o pedido de uma força-tarefa para esclarecer o caso. Ela frisou: nenhuma medida será tomada antes de os fatos serem investigados. As primeiras ações devem ser educativas, na base do diálogo. As punições iniciais devem girar em torno de pedidos públicos de desculpas. ;Vamos estudar a possibilidade de abrir uma comissão de investigação. Caso o CA tenha participado, faremos a suspensão de benefícios.;
[SAIBAMAIS]Aprovada no vestibular para mecatrônica, Camila Rosa, 17 anos, contou à reportagem do Correio que desde o primeiro dia de aula ; na última segunda-feira ; os veteranos fazem brincadeiras. ;Eles começaram fazendo perguntas de comportamento e disseram que dariam estrelinhas para quem as respondesse. Nesse momento, mostravam uma arma de choque. No fim, deram um choque em um aluno, mas acho que ele é veterano;, contou a jovem, que diz não se sentir lesada com os acontecimentos. ;Na sexta, não quis beber. Insistiram um pouco, mas depois deixaram para lá. Não me sinto desmoralizada, participa quem quer.;
Outros estudantes declararam, em matéria publicada no Correio ontem, que foram intimidados por meio do equipamento de choque. ;O uso dessa arma é mais grave. Querendo ou não, as bebidas alcoólicas são lícitas. Já a arma não deveria estar na mão dos alunos;, comentou a decana. Segundo ela, a maior prejudicada em todas essas ações é a imagem da universidade. ;Sempre fizemos um trabalho de orientação. Temos uma grande atividade de boas-vindas, o trote solidário. Muitos estudantes são contrários a esse tipo de constrangimento;, complementou.