O Tribunal do Júri de Brasília começou nesta quarta-feira (14/3) o julgamento do Rodolpho Félix Grande Ladeira. Ele é acusado de provocar a morte do advogado Francisco Augusto Nora Teixeira, na madrugada do dia 24 de janeiro de 2004, após um acidente de trânsito.
O julgamento estava marcado para começar às 9h, mas sofreu atraso. Até agora cinco pessoas foram ouvidas, duas testemunhas em comum e uma testemunha de acusação. Todas elas disseram ter visto um carro prata passando em alta velocidade. Dois peritos também depuseram. Um deles foi contratado pela defesa de Rodolpho. O outro perito, responsável pelo laudo após o exame feito no dia do acidente, foi convocado pela acusação.
As testemunhas contaram ainda que pararam o carro no local do acidente para prestar atendimento à vitima. Uma delas informou que foi até o carro de Rodolpho, uma Mercedez Benz e pediu os documentos do condutor. A intenção era impedir que ele fugisse do local. Nesse momento, Rodolpho teria perguntado sobre o estado de saúde da vítima.
Relembre o caso
Rodolpho conduzia uma Mercedez Benz na Ponte JK, quando colidiu a uma velocidade de 165 km/h contra a traseira de um Santana conduzido por Francisco, que morreu na hora.
O Ministério Público entendeu que, ao dirigir em uma velocidade muito superior à máxima permitida na via - que era de 70 km/h - o acusado teria assumido o risco de produzir o resultado morte.
Estratégia da defesa
No dia 14 de fevereiro deste ano, os advogados de Rodolpho pediram a suspensão do julgamento do acusado pelo Tribunal do Júri, até a decisão final do habeas pelo STF. O documento enviado ao Supremo sustenta que seja cassada a decisão do órgão para afastar a tese de dolo eventual no crime de homicídio e que seja desclassificada a infração para homicídio culposo na direção do veículo.
Em 23 de fevereiro, o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski indeferiu o pedido de liminar no Habeas Corpus de Rodolpho.