A assembleia dos professores, que segundo estimativas da Polícia Militar reuniu seis mil manifestantes, aprovou o indicativo de greve. A partir de segunda-feira (12/3) eles dão início à paralisação.
Os professores e diretores reforçaram durante a assembleia que a greve era a última opção a qual recorreram, e outros canais de negociação foram tentados anteriormente, sem sucesso. Desde novembro eles se encontravam em contagem regressiva para a votação do indicativo de greve, e durante esse período o GDF não teria apresentado nenhuma proposta.
Ontem o GDF liberou uma carta listando os motivos pelos quais não iria conceder o reajuste, e por isso a expectativa do sindicato era mesmo de que havia fortes indícios de que a greve seria decretada. A partir de agora, conta-se um período de 72 horas até a paralicação. Amahã haverá aulas normalmente. Conforme explicado pela diretora de imprensa do Sinpro-DF, Rosilene Correa, a categoria continua aberta às negociações.
Professores da rede pública de ensino de todo o país planejam uma paralisação de três dias para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério. A lei que instituiu uma remuneração mínima para profissionais da rede pública foi aprovada em 2008, mas ainda hoje causa polêmica. Estados e municípios alegam não ter recursos para pagar o piso, especialmente agora que o Ministério da Educação (MEC) anunciou o valor para 2012 ; R$ 1.451 -, com um reajuste de 22%.
A categoria irá cruzar os braços entre os dias 13 e 16 de março (de quarta a sexta-feira). Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, o fato de alguns estados ainda não cumprirem a lei reforça a necessidade de um ;movimento forte; por parte da categoria para reivindicar melhorias na remuneração.