O ano só começa depois do carnaval. A máxima repetida constantemente no Brasil é levada a sério na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Apesar de gerarem despesas aos cofres públicos desde 1; de janeiro, os deputados distritais ainda não sabem quando colocarão em votação projetos considerados importantes para a capital da República, como a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot). Em três semanas de atividades no plenário, eles nem sequer conseguiram apreciar os vetos do Executivo que trancam a pauta da Casa. Na última segunda-feira, os parlamentares receberam um salário extra de R$ 20.025, concedido no início de cada ano legislativo.
Os chamados 14; e 15; pagamentos são garantidos pela legislação local, mas vistos negativamente pela opinião popular. Apenas sete parlamentares abriram mão de recebê-lo neste ano: Chico Leite (PT), Cláudio Abrantes (PPS), Patrício (PT), Joe Valle (PSB), Israel Batista (PTB), Dr. Charles (PTB) e Arlete Sampaio (PT). No total, para custear as despesas de gabinete (com pessoal e verba indenizatória), os próprios salários e demais penduricalhos no contracheque (veja quadro), cada distrital custa, em média, R$ 1,8 milhão por ano. ;Em 2011, meu gabinete gerou uma economia de R$ 800 mil. Agora, o que for de direito, eu vou receber;, afirmou o distrital Chico Vigilante (PT) sobre os salários extras.
Ontem, o petista foi um dos poucos parlamentares encontrados pelo Correio na Casa. Ponto facultativo decretado pela Mesa Diretora, a quarta-feira de cinzas foi marcada pela pouca movimentação. O bloco PT-PRB aproveitou a calmaria para se reunir. ;Tivemos uma reunião para afinar a viola. Como membros do partido do governador, temos de trabalhar de maneira estratégica e analisar o ambiente político para saber como atuar;, avaliou Arlete Sampaio (PT). Nesse sentido, o grupo planeja ouvir representantes do Executivo para definir as ações do bloco governista.
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