A Polícia Militar do Distrito Federal deu início nesta quinta-feira (16/2) à Operação Tartaruga, depois da assembleia realizada na noite de ontem, na praça do Relógio, em Taguatinga, em que foi aprovado o indicativo de greve da PMDF. A decisão foi apoiada por bombeiros que participaram da reunião.
Segundo João de Deus, presidente da Associação dos Praças Policiais Militares do DF (Aspra), pelo menos até o dia 2 de março, quando será feita uma nova reunião com a categoria, os trabalhos da Polícia Militar serão lentos. Isso significa que os atendimentos aos chamados da população não terão a mesma agilidade, as sirenes não serão ligadas e as viaturas não irão ultrapassar o limite de velocidade da via.
;Nós vamos trabalhar da mesma forma como o governo está trabalhando, ou seja, de maneira lenta;, explica João de Deus. ;Nós sabemos que é a população que acaba sofrendo com a inércia do governo, mas faz 14 meses que esperamos que as promessas de campanha, assinadas pelo governador, sejam colocadas em prática e até agora nada;, complementa. Os soldados pedem a equiparação salarial com a Polícia Civil. Segundo João de Deus, o governo ainda não procurou a categoria para negociar.
No Corpo de Bombeiros os trabalhos seguem normalmente. Segundo o major Mauro, chefe da comunicação, a presença dos bombeiros na reunião ontem não foi oficial. "As manifestações são um direito previsto em lei. O que eles fazem durante a folga não tem problema, desde que não haja arruaça e nem infrinja as leis", explicou o major, que complementou, "os bombeiros não estavam fardados e ninguém faltou ao serviço".
Ainda segundo o major, hoje não foi registrado nenhum problema, tanto no Plano Piloto quanto nas regiões de Ceilândia e Taguatinga. "Não consigo imaginar um bombeiro negar socorro a alguém porque está em greve", disse.
Nessa quarta-feira o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, disse que espera pacificar o movimento nos próximos dias. Informou ainda que o governo não será pego de surpresa. ;Nós temos planos de contingência caso ocorra esse movimento. Temos alternativas para suprir as eventuais dificuldades que possam ocorrer. Mas o que a gente espera, de fato, é que possamos resolver essa situação antes do início de março. O governo Agnelo Queiroz tem respeito pela corporação. E vamos negociar. Nada melhor do que isso;, explicou.