O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM/DF) interditou nesta segunda-feira (13/2) a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia. O Conselho alegou que a unidade não dispõe da quantidade necessária de médicos para o amplo funcionamento do local. Ainda segundo informações do conselho, há profissionais da UPA trabalhando no Hospital Regional da região administrativa.
;O que fazemos é uma interdição ética, por uma melhor condição de trabalho aos médicos. Comunicamos isso no dia 2 de fevereiro, por meio de ofícios enviados aos Ministérios Públicos e da Saúde, à Secretaria de Saúde, Ordem dos Advogados do Brasil e à Comissão de Direitos Humanos;, afirmou o presidente do CRM, Iran Augusto Cardoso.
Sem data prevista para o fim da interdição, o Conselho Regional aguarda que a Secretaria de Saúde resolva o impasse. De acordo com Iran Cardoso, o CRM já fiscaliza a UPA de Samambaia desde a inauguração, em fevereiro de 2011. E ainda constatou que, institucionalmente, a UPA de Samambaia é inexistente, por não ter registro no CRM.
Segundo nota enviada, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) informou que UPA de Samambaia não será fechada. "O CRM (Conselho Regional de Medicina), enquanto Conselho, não tem poder de interdição estrutural da UPA. Os médicos que aderirem as orientações do CRM devem fazer por escrito, ocumentando suas intenções à sua chefia imediata". De acordo com o documento, os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos.
Em relação à falta de médicos, a nota diz que a SES estuda o remanejamento de pediatras do SAMU para compor esse quadro. "Casos classificados em azul e verde devem receber atendimento em centros de saúde. Além disso, com a contratação temporária, somará ao quadro de efetivos de 35 servidores, 23 médicos até o final de março, totalizando 58 édicos para manter o atendimento à comunidade", declara.