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Dois moradores de Santo Antônio, em Goiás, driblam as limitações da idade

Eles jamais imaginaram chegar tão longe. Viveram sem pressa de saber até quando. Criaram filhos. Netos e bisnetos nasceram. Alguns morreram. Os personagens desta história continuaram aqui. Acompanharam de perto a popularização do rádio e do carro. Houve guerras. Governos começaram e terminaram. Tudo visto pelos olhos deles, que sentiram a vida estampar um mapa em sua pele. Deixar marcas para contar histórias. Cada uma é um traço no rosto enrugado, esconderijo dos olhos e anúncio de cansaço. Completaram um século de vida. Ao alcançar essa marca, acreditaram estar próximos do fim. Mas se enganaram.



Leocádio Rodrigues de Lima, 110 anos, e Maria Rosa dos Santos, 105, são praticamente vizinhos. Moram em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno. O município fica a pouco mais de 40km de Brasília. Os centenários ficaram famosos na cidade. Todos os conhecem. Querem aprender com eles a fórmula da longevidade. Leocádio supera Maria não só no número de aniversários, mas também quando o assunto é boa forma.



Ele consegue caminhar sozinho, embora dê poucos passos. Ainda conversa com clareza e conta memórias. Às vezes se perde entre relatos e embaralha eventos. Come sem precisar de ajuda. Escolhe o cardápio quando tem a chance: costela de boi cozida com bastante mandioca e abóbora. Devora o prato, acompanhado de um copo gelado de guaraná. Maria, por sua vez, não consegue se levantar sem ajuda. Nem articula frases. Os dois, porém, mantêm a saúde em dia.

A matéria completa você lê na edição impressa desta segunda-feira (13/2) do Correio Braziliense.