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Aquecimento da economia impulsionam as compras dos brasilienses no exterior

O comércio local nunca sentiu tanto a concorrência com as compras no exterior. A empolgação dos brasilienses pelos outlets estrangeiros tem derrubado o faturamento dos lojistas, minado as expectativas de vendas e até frustrado negócios por aqui. O tema virou motivo de preocupação entre superintendentes de shoppings da cidade e representantes do setor, que, no fim do ano passado, se reuniram para tentar encontrar soluções. Sem chances de competir com os preços significativamente menores praticados lá fora, comerciantes apostam nas liquidações constantes como forma de segurar os clientes.



A ordem para facilitar a liberação dos vistos americanos deve levar ainda mais brasilienses a voltarem das férias com malas abarrotadas. No ano passado, 384.392 passageiros embarcaram em voos internacionais na capital do país, um aumento de 90,5% ante 2010 (veja quadro). Segundo as principais operadoras de turismo, os moradores do DF chegam a sair do Brasil três vezes por ano. A população com a maior renda per capita do país ; R$ 50.438 anuais, quase o triplo da média nacional ; descobriu, no exterior, as vantagens da valorização do real e do peso da carga tributária brasileira.


Em discurso unânime, os empresários locais atribuem aos impostos a imensa diferença de preços. Em janeiro, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF) divulgou a previsão de crescimento do setor para este ano. O percentual despencou mais de três vezes na comparação com 2010 e pôs à prova a blindagem do varejo local, acostumado a lucros robustos. Não há como mensurar a influência das viagens internacionais no resultado, mas os comerciantes acreditam que elas tiveram contribuição decisiva no recuo observado.

A matéria completa você lê na edição impressa deste domingo (12/2) do Correio Braziliense.