O canal direto de comunicação entre a população, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros vai continuar com número reduzido de atendentes. Em assembleia realizada neste sábado (11/2), os funcionários dos números de emergência 190 e 193 decidiram continuar a paralisação até quinta-feira, quando eles se reunirão novamente para debater o assunto. Eles exigem que a empresa Fiança, vencedora da licitação para prestar o serviço, pague os salários de janeiro, além dos benefícios trabalhistas para os 200 contratados que prestam o atendimento. A organização havia se comprometido a depositar pelo menos o vale-transporte até hoje, mas o dinheiro entrou somente na conta de alguns empregados.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Distrito Federal (Sinttel-DF), José Goudim, contou que poucos receberam R$ 7 ou R$ 8 em suas contas. ;Não é possível trabalhar sem salário e sem pelo menos o dinheiro para pagar o transporte. O atraso do vencimento é recorrente, queremos receber. A decisão não é irrevogável. Se a empresa nos pagar, voltamos ao trabalho;, afirmou.
[SAIBAMAIS]Enquanto o impasse não é resolvido, os serviços funcionam com 30% do efetivo. ;Nós fizemos uma paralisação de 24 horas e não foi decretada a greve oficialmente. Porém, os trabalhadores disseram que não vão trabalhar porque não têm dinheiro. O serviço prestado será com número reduzido, de 10 pessoas por turno;, complementou Goudim.
Para o major Mauro, chefe da comunicação social dos bombeiros, a paralisação prejudica o atendimento das ligações justamente no fim de semana, quando a demanda aumenta. ;As pessoas que não conseguirem entrar em contato com o 193 devem tentar o 190. A central é a mesma, mas, com a insistência nos dois números, a probabilidade de conseguir falar é maior;, ressaltou. O serviço de atender as ligações, fazer uma triagem dos casos e repassar as demandas para a Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) ; que avalia a necessidade de enviar viaturas para o local e apura a denúncia ; era feito pelos funcionários que deixaram de receber os pagamentos.