Jornal Correio Braziliense

Cidades

Mudança de hábito dos brasilienses explica redução do desemprego na capital

O abandono da profissão para ficar em casa , as famílias menores e os concursos públicos explicam a queda no índice de desocupados diante da retração na oferta de oportunidades


As sucessivas quedas da taxa de desemprego no Distrito Federal não revelam aumento da oferta de postos de trabalho, como pode parecer. O que explica os índices históricos ; inclusive o recorde de 2011 festejado pelo governo local na semana passada ; são mudanças demográficas e econômicas observadas na capital do país e em outras regiões metropolitanas. Estudo inédito do Conselho Federal de Economia (Cofecon), divulgado ontem, indica prováveis causas para a redução do percentual de desocupados, mesmo com a desaceleração da economia.

No último ano, o DF atingiu uma taxa de desemprego média de 12,4%, a menor desde o início da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), em 1992. As oportunidades para quem procura uma vaga, no entanto, caíram mais do que pela metade, na comparação com períodos anteriores. Entre 2003 e 2010, foram criados 49 mil postos de trabalho por ano, em média. Em 2011, o número despencou para 20 mil, de acordo com a PED.

A aparente contradição desse cenário intrigou o economista Júlio Miragaya, conselheiro do Cofecon e autor do estudo apresentado ontem. Ao analisar os indicadores do mercado de trabalho no DF, ele constatou que por trás da queda livre do desemprego está o decréscimo da população em idade ativa (PIA) e da população economicamente ativa (PEA). Como menos pessoas têm procurado emprego e mais gente deixado de trabalhar, as estatísticas mostram uma redução na taxa de desocupados.

A matéria completa você lê na edição impressa desta quarta-feira (8/2) do Correio Braziliense.