O mais recente escândalo que deixou vago o cargo de diretor da Polícia Civil provocou uma guerra de currículos e dossiês na disputa para quem irá suceder Onofre de Moraes, abatido por um constrangedor vídeo em que aparece fazendo críticas ao governador Agnelo Queiroz. O posto é um dos mais cobiçados na estrutura de poder da capital da República. Quem ocupa a direção comanda os policiais mais bem pagos do país e tem em suas mãos uma eficiente máquina de investigação, que muitas vezes acaba sendo usada para fins nada republicanos.
Desde quinta-feira, quando Onofre deixou o comando, foram ventilados cinco nomes para o cargo (veja quadro), mas o Buriti ainda não está certo quanto ao substituto. Conforme o Correio mostrou ontem, o governador Agnelo busca um delegado de passado limpo e capaz de unir os diversos grupos políticos que integram a instituição. A definição deve ocorrer no início da semana. A principal preocupação dos setores ligados à Segurança Pública no DF é que uma escolha equivocada mergulhe ainda mais a corporação em uma crise que se arrasta desde a greve do ano passado. ;É uma posição de muito prestígio e poder. Afinal, o indicado será o chefe da polícia da capital da República. É a coroação da carreira de um policial civil;, diz uma fonte da área de segurança ligada ao Palácio do Buriti.
Mas o principal atrativo do cargo é, na verdade, sua proximidade com a esfera política.
Tradicionalmente, por exemplo, o diretor-geral, embora subordinado ao secretário de Segurança, se reporta diretamente ao governador. Além disso, as investigações conduzidas pela Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap) têm potencial para incomodar muita gente e valem ouro no jogo político. Durante a gestão de Mailine Alvarenga, por exemplo, a Decap vinha investigando políticos como o ex-governador José Roberto Arruda, o ex-secretário de Transportes Alberto Fraga e o deputado Benedito Domingos (PP).
A matéria completa você lê na edição impressa deste domingo (5/2) do Correio Braziliense.