O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou hoje (3/2) mudanças na gestão da urgência e da emergência na principal unidade de saúde de Brasília, o Hospital de Base do Distrito Federal. Entre as novidades, está a destinação de 80 leitos de retaguarda, vinculados diretamente ao pronto-socorro.
;Com isso, acreditamos que é possível reduzir o número de pacientes que ficam em macas nos corredores. Essas pessoas felizmente têm a vida salva, os primeiros procedimentos são realizados mas, às vezes, ficam um, dois, três dias no próprio pronto-socorro esperando um leito adequado para a continuação do tratamento;, explicou o ministro.
Após participar de reunião com o governador Agnelo Queiroz e com o secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael de Aguiar Barbosa, Padilha destacou que 80% dos pacientes que precisam de atendimento em áreas como oftalmologia, otorrinolaringologia e cirurgia ortopédica procuram o pronto-socorro do Hospital de Base apenas para marcação de consultas.
;Identificamos que uma parte das filas e da demora no atendimento da urgência e da emergência tinha a ver com pessoas que vinham só para marcar consultas que acontecem aqui. A segunda mudança, portanto, foi criar um fluxo específico, fora da urgência e emergência, para marcação de consultas, procedimentos e exames;.
Especialidades como cardiologia, dermatologia, oftalmologia e ortopedia, referências no Hospital de Base, terão uma central de marcação de consultas fora do pronto-socorro. Em um prazo de 15 dias, o procedimento também poderá ser feito em unidades básicas de saúde e em hospitais do entorno, por meio de um sistema de informação disponibilizado pelo ministério.
A terceira medida anunciada pela pasta trata de pacientes atendidos na urgência e na emergência do Hospital de Base, mas que deveriam estar em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). A partir de março, segundo Padilha, o local deverá receber mais 30 leitos desse modelo.
O Hospital de Base do Distrito Federal integra um grupo de 11 prontos-socorros beneficiados pelo programa SOS Emergências. Cada um deles vai receber, anualmente, R$ 3,6 milhões. A previsão é chegar a 2014 com um total de 40 hospitais integrando a lista.
;São as maiores e mais críticas urgências e emergências do país. Mapeamos detalhadamente. Elas precisavam de mudanças mais eficazes para melhorar o atendimento da população. A inclusão dos próximos hospitais seguirá o mesmo ritmo, buscando pegar capitais e, depois, regiões metropolitanas;, concluiu Padilha.