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Restrições de crédito provocaram queda de 6% na venda de carros em 2011


As vendas de veículos no Distrito Federal fecharam 2011 no vermelho, resultado que já era previsto por representantes do setor automotivo. Segundo dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do DF (Sincodiv-DF), no ano passado 113.231 novas unidades foram emplacadas em Brasília e regiões administrativas. O número é 6% inferior aos 120.457 novos emplacamentos registrados em 2010. Tanto no cenário local quanto no nacional, a restrição ao crédito para financiamentos prejudicou as vendas. No país, o balanço não ficou negativo, mas o resultado foi aquém do esperado.

No início do ano passado, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) havia previsto crescimento de 5% nas vendas de automóveis. Mas, no mês passado, a entidade informou que a alta nas vendas ficou em apenas 3,4%. Os números divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), representante das concessionárias, relatam um incremento pouco maior, de 4,79%.

De acordo com o economista e consultor de varejo automotivo Ayrton Fontes, o freio imposto pelo Banco Central às operações de crédito é o causador direto dos resultados fracos. O órgão está cobrando das instituições financeiras depósitos de segurança mais altos no caso de empréstimos com maior margem de risco (veja Para saber mais). ;Os bancos estão muito restritivos na aprovação (de financiamentos). De cada 10 fichas submetidas pelas concessionárias, três são autorizadas. A classe média emergente, que ganha de R$ 2 mil a R$ 4 mil, estava mantendo esse mercado aquecido. Comprava carro em 60 meses, sem entrada. Agora, ficou mais difícil;, explica.

A matéria completa você lê na edição impressa desta sexta-feira (3/2) do Correio Braziliense.