Jornal Correio Braziliense

Cidades

Vigilantes decidem manter greve e discutir propostas em reunião com patrões

Em nova assembleia, realizada na tarde deste domingo (29), os vigilantes do DF decidiram manter a greve decretada na última quinta-feira.

Segundo o Sindicato dos Vigilantes, a categoria espera novas propostas das empresas e, caso elas sejam apresentadas, uma nova assembleia será marcada em frente ao MPT, na 503 Norte.

Nesta segunda-feira, o Sindicato dos Vigilantes e o Patronal se reúnem, às 15h, no Ministério Público do Trabalho para tentar um acordo.

Os sindicalistas disseram que não receberam uma notificação oficial sobre a posição do Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região (TRT), que rejeitou no fim da tarde de sábado o pedido de esclarecimento da decisão que obriga o Sindicato dos Vigilantes do DF a manter ao menos 60% da categoria trabalhando durante a greve.

"Só sabemos disso pela imprensa. Não existe uma notificação oficial ainda. Quando recebermos, vamos cumprir. Mas pedimos o embargo declaratório dessa decisão", adianta o diretor do sindicato, João Vianney dos Santos.

A juíza substituta Maria Socorro de Souza Lobo tomou a decisão sobre a greve na madrugada do sábado, de acordo com o pedido de urgência da Procuradoria-Geral do DF, órgão que representa o governo. Foi dito a paralisação completa estaria causando danos ao patrimônio público.

A paralisação afetou 55 empresas do ramo no DF. Na sexta-feira, quase 90% das agências bancárias fecharam as portas por conta da ausência de vigilantes, assim como a Secretaria de Saúde do DF teve de contar com o apoio da Polícia Militar para manter a segurança nos hospitais. Funcionários das unidades de saúde também se revezaram entre as funções usuais e a portaria.



Com informações de Ana Pompeu e Maria Fernanda Seixas