Jornal Correio Braziliense

Cidades

Acusado de estelionato alega que jamais ofereceu falsas vagas de emprego

Após a 35; DP (Sobradinho 2) receber a denúncia de 21 pessoas contra um caso de estelionato na quarta-feira (11/1), o acusado procurou o Correio para dar sua versão do ocorrido. Segundo as supostas vítimas, o vigilante da empresa Vip Segurança teria cobrado entre R$ 4 mil e R$ 5 mil por vagas de vigilante em terras no Polo de Cinema. Além disso, afirmaram não terem recebido o salário de R$ 1.250 ; o qual o suspeito prometera ; e acusam-no de usar o nome da companhia em que trabalha para fingir ser gerente e cobrar taxas de contratação.


O advogado José Augusto Santos acredita que o cliente possa ser vítima da empresa de segurança e alegou que, apesar de terem registrado ocorrência, muitas das pessoas continuam trabalhando no local normalmente. Disse também ter em mãos todos os recibos de pagamento de salário, inclusive de quem afirmou à polícia ter pago R$ 5 mil para o vigilante.


Segundo o acusado, foi feito um contrato particular para cuidar da segurança das terras de um empresário da cidade. ;Ganho R$ 78 mil por mês para evitar invasores na propriedade. Contratei 36 pessoas;, diz. ;(A empresa Vip) descobriu que eu tinha esse contrato paralelo. Não sei qual foi a armação. Eles me acusam de usar o nome dela no meu outro trabalho e eu não usei para nada;, completa. E mais: ;As pessoas que disseram ter pago R$ 5 mil estão mentindo;, ressalta.


Santos acrescenta: todos os funcionários que contratou recebem os salários ; de R$ 1.259 e R$ 1.187 ; em dia, e o acusado fica com R$ 7 mil, em média. Para Santos, a Vip usou profissionais não credenciados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para acompanhar o caso. ;Se a polícia tivesse indícios suficientes de que ele era um estelionatário, ele já estaria preso;, comenta. O delegado da 35; DP Rogério Henrique Oliveira informa que o caso está sendo investigado. A empresa de segurança não quis se pronunciar.