Brasília ; O Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos esteve hoje (14) no Complexo de Detenção Provisória do Complexo Penitenciário da Papuda para apurar denúncias de violência e maus-tratos a presos. A reclamação contra os agentes penitenciários do local foi feita por parentes dos detentos.
Segundo o presidente do conselho, Michel Platini, durante a visita, foram encontradas manchas de sangue nas paredes, além de marcas e machucados em alguns detentos. ;Verificamos indícios fortíssimos que apontam violência. Os presos afirmaram que toda a ala foi submetida a agressões em um corredor polonês. Além disso, havia sangue na parede;, disse.
Nove detentos com hematomas mais evidentes foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. De acordo com Platini, as agressões foram motivadas após a suspeita de que uma rebelião estava sendo planejada na ala 2 da Papuda, onde estão cerca de 200 internos. Durante vistoria no setor, ainda segundo Platini, policiais encontraram barras de ferro.
Representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal também participaram da visita. Os órgãos farão um relatório em conjunto que será encaminhado à Secretaria de Estado de Segurança do DF.
Para evitar que os presos sofram repressões por parte dos agentes após as denúncias, uma nova vistoria foi agendada para a próxima segunda-feira (16).