Jornal Correio Braziliense

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Bomba da piscina onde criança morreu não estava com tela de segurança

O acidente ocorreu no Clube dos Suboficiais e Sargentos da Força Aérea. A criança ficou presa à bomba de sucção da piscina e, quando foi encontrada, já estaria sem vida

Renan Rodrigues Costa, 7 anos, morreu afogado na tarde de ontem no Clube dos Suboficiais e Sargentos da Força Aérea em Brasília (Cassab). Parentes e amigos, por volta das14h, deram falta do menino e, quando o localizaram ele estava preso à bomba de sucção de uma das piscinas. Quatro frequentadores do clube tentaram socorrer a criança, mas o esforço de nada adiantou. O corpo de Renan somente pôde ser retirado depois que o equipamento foi desligado. Três viaturas e um helicóptero do Corpo de Bombeiros, além do serviço de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel que presta serviço ao clube, foram acionados para resgatar a criança. Tubos de oxigênio foram usados na tentativa de salvar Renan, mas a criança não resistiu. De acordo com Cíntia Carvalho e Silva, delegada plantonista da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), responsável pelo caso, a bomba de sucção da piscina não estava protegida por uma tela para a segurança dos usuários da piscina na tarde de ontem. %u201CA investigação ainda está no início, mas, na segunda-feira, poderemos definir se isso foi importante para o ocorrido%u201D, afirmou. A delegada não quis revelar o nome dos pais nem o local de residência da criança. Segundo ela, somente o titular da 1ª DP, Anderson Espíndola, que está viajando, tem autoridade para repassar esses dados. Para César Gonçalves, profissional em manutenção de piscinas, a presença de uma tela de proteção é indispensável em piscinas de grande porte. %u201CA força da sucção depende muito do tamanho da bomba. Se a força dela for grande, realmente pode ser que uma criança não consiga se livrar sozinha.%u201D Em nota, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica lamentou o acidente e acrescentou que a administração do clube %u201Ccolocou-se à disposição da equipe de peritos da Polícia Civil para contribuir com as investigações que apontarão as causas do falecimento%u201D. [SAIBAMAIS]A perícia criminal chegou ao clube por volta das 16h30 e permaneceu por pouco mais de duas horas no local. O laudo que esclarecerá as circunstâncias da morte e auxiliará na responsabilização das partes será divulgado em até 30 dias. Mas, segundo o perito criminal da Polícia Civil Rafael Erthal, não há dúvidas de que a morte de Renan tenha sido acidental. %u201CA partir de agora, cabe à delegacia investigar. A bomba de sucção estava ligada e as testemunhas disseram que o garoto ficou cerca de 10 minutos sob a água%u201D, declarou o perito na saída do clube. A piscina em que o garoto se afogou teria cerca de 1,8m de profundidade. Os militares do Corpo de Bombeiros que atenderam ao pedido de socorro não quiseram comentar o episódio. Pais e amigos da vítima, além de funcionários do clube, também não deram nenhuma declaração. A piscina onde Renan Costa morreu foi interditada por agentes da Defesa Civil.