Jornal Correio Braziliense

Cidades

Delegada Martha Vargas depõe em audiência sobre o crime da 113 Sul

Por volta das 11h40 desta sexta-feira (16/12), a ex-delegada-chefe da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), Martha Vargas, iniciou o depoimento na sétima audiência de instrução do triplo homicídio conhecido como Caso Villela. Ela relatou apenas o cenário que encontrou no dia do crime, ocorrido em agosto de 2009, no apartamento do casal, na 113 Sul.

Martha Vargas contou a mesma versão dada pelo ex-chefe do DPC, André Victor, nesta quinta-feira (15/12), de que uma papiloscopista em estágio probatório admitiu ter trocado impressões colhidas na cena do crime. Segundo ela, uma digital de Adriana, supostamente encontrada na porta de madeira do apartamento, na verdade estaria na entrada da portaria, que é de vidro. Sugeriu também que seria provável que ela tenha errado na avaliação de outras amostras.

Outro fato que poderia ter atrapalhado o andamento das investigações seria que as roupas dos mortos foram queimadas por um profissional do Instituto de Medicina Legal (IML). Comentou também a afirmação de uma perita, que estava no local, de que esta havia achado estranho haver tão poucas impressões nos objetos da casa, já que era um ambiente bastante frequentado. ;Era como se o local tivesse sido limpo;, disse.

Histórico

O crime ocorreu no apartamento onde o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) morava, na 113 Sul. Além José Guilherme Villela, foram assassinadas a mulher dele e a empregada do casal. Os autos do processo foram distribuídos ao cartório no dia 1; de outubro de 2009. Em outubro de 2010, o juiz do Tribunal do Júri de Brasília acatou a denúncia do Ministério Público, na qual quatro réus foram denunciados: Adriana Villela, filha do casal e acusada de ser a mandante do crime; Leonardo Alves, ex-porteiro do bloco onde ocorreu o triplo assassinato; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar, comparsa de Leonardo e Paulo.