Os abusos praticados por motoristas no Eixão serão coibidos com fiscalização. A partir de segunda-feira, haverá agentes de trânsito a cada dois quilômetros ao longo de toda a rodovia. Em 1; de janeiro, mais oito pardais serão instalados, totalizando 31 equipamentos nos 13,5 quilômetros de pista. As medidas são as primeiras de uma série que o GDF adotará para reduzir as mortes no Eixo Rodoviário. Um pacote de soluções será apresentado até 20 de dezembro. Além de torná-lo mais seguro, as propostas deverão respeitar o tombamento da cidade.
Para evitar erros do passado, o governo convidou para as discussões especialistas em arquitetura e urbanismo, em patrimônio histórico, do Ministério Público e de diferentes secretarias, além do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ; responsável pela via ; e do Departamento de Trânsito (Detran). O grupo de estudo é coordenado pelo vice-governador do DF, Tadeu Filippelli (PMDB), e se reuniu pela primeira vez ontem.
A tarefa será agrupar todas as propostas apresentadas até hoje por cada uma das entidades ou setores e, a partir delas, elaborar soluções eficazes, em consenso. ;É a primeira vez na história que isso acontece. Desta vez, vamos discutir o problema com todos os segmentos envolvidos e resolver o problema. Para o Eixo Rodoviário, não existe uma única solução. Não é só fiscalização, só mureta ou só passagem de pedestres. É preciso um conjunto de ações para evitarmos que as mortes continuem no local;, avalia
Filippelli.
As sugestões serão entregues entre os dias 6 e 7 para a presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Ivelise Longhi, e para a chefe do comitê de obras da vice-governadoria, Eliana Klarman. Nove dias depois, em 16 de dezembro, o grupo volta a se encontrar para discutir o que pode ser colocado em prática. No dia 20, um projeto de segurança para o Eixão deverá ser consolidado (leia Cronograma). ;Desta forma, será possível implementar medidas legais que não ferem o tombamento, melhorem a segurança dos motoristas e preservem a vida do cidadão;, defende Filippelli.
Descaso
O Correio denuncia sistematicamente a falta de política pública para evitar as tragédias no Eixão. Só em 2011, sete pessoas perderam a vida em acidentes na pista e, em 2010, nove. O caso mais recente ocorreu no último sábado. O bombeiro Regis Leonardo Ferreira, 37 anos, morreu e três militares ficaram feridos após ele perder o controle do carro da corporação e bater em uma árvore. Em 17 de novembro, Marina Monteiro de Queiroz, 25 anos, não resistiu ao perder o controle do veículo e bater de frente com um outro que seguia em sentido contrário.
[SAIBAMAIS]O Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF) participa do grupo de trabalho e vai apresentar uma proposta. O presidente da entidade, Paulo Henrique Paranhos, elogiou a iniciativa do governo de reunir diferentes segmentos para discutir o problema sob vários pontos de vista e não somente o do trânsito.
;As soluções precisam levar em conta a dinâmica da cidade, respeitando o tombamento. A sociedade vinha sofrendo com o descuido das autoridades em relação a esses atropelamentos e colisões .
Cronograma1; de dezembro
Primeira reunião do grupo que decide, em consenso, pelo reforço na fiscalização por meio de mais radares e
agentes de trânsito.
6 e 7 de dezembro
Cada um dos participantes deverá entregar as propostas.
7 de dezembro
O grupo se reúne para tomar conhecimento das soluções apresentadas.
16 de dezembro
Nova reunião para discutir as soluções possíveis para o Eixão.
20 de dezembro
Apresentação do pacote de medidas para tornar o Eixo Rodoviário mais seguro.