O processo de limpeza da área próxima à Estação de Tratamento de Água (ETA) de Planaltina, responsável pelo abastecimento de cerca de 400 mil pessoas, começou nesta terça-feira (29/11). Escavadeiras e caminhões retiraram do local cerca de 700 toneladas de resíduos domésticos, agrícolas, de construção civil, além de eletrodomésticos e móveis. O local é uma Área de Proteção de Manancial do Fumal e a maior preocupação é com os lençóis freáticos, que podem ser contaminados pelo chorume, proveniente do lixo.
Além da limpeza, será necessário o fechamento do local e a escolha de pontos que possam receber os resíduos da construção civil. A consientização da população que joga lixo nas ruas também é parte essencial da operação. Segundo a assessoria de imprensa da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA), o lixo mais preocupante é o residencial, já que o outro, apesar de criar problemas, não traz danos a água.
Estudo feito pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) indica haver a ocorrência de mais de cem pontos de desova irregular de resíduos, principalmente lixo orgânico, que servem de atração para aves e outros animais. Fezes e penas destes animais podem contaminar áreas de captação de água. Segundo a ADASA, se o lixo residencial for retirado do local, os pombos tendem a procurar outros lugares.
A Caesb afirmou que a qualidade da água fornecida continua a mesma. Segundo o Superintendente de Fiscalização e Serviços (SFS) da ADASA, Diógenes Mortari, todas essas áreas que comprometem a qualidade da água sofrerão ações dos órgãos do GDF. A assessoria de imprensa informou que um grupo vai se reunir na semana que vem para deicidir quais serão os próximos locais a serem limpos até o final do ano. Segundo eles, os órgãos do GDF vão fazer fiscalizações rigorosas nas áreas.