As audiências de instrução do Caso Villela, processo que apura os assassinatos do ex-ministro José Guilherme Villela, de sua esposa Maria Carvalho Mendes Villela e da empregada Francisca Nascimento da Silva continuam nesta quinta-feira (10/11). Novos depoimentos serão ouvidos hoje e também nesta sexta-feira (11/11), no plenário do Tribunal do Júri de Brasília. Estão previstos os depoimentos das 34 testemunhas de defesa ; desse total, 32 foram convocadas pelos advogados de defesa de Adriana. Devem ser ouvidas também seis testemunhas arroladas pela acusação, antes das de defesa, que não foram ouvidas na semana passada.
Na audiência do dia 4, iniciada por volta das 10h, foram ouvidas apenas duas testemunhas das oito previstas. A ex-titular da Coordenação de Crimes contra a Vida (Corvida), delegada Mabel de Faria, foi a primeira a depor. Para ela, Adriana Villela é a mandante do triplo homicídio da 113 Sul e estava no apartamento dos pais na noite do crime.
Em seguida, o juiz ouviu o depoimento da neta dos Villela, Carolina Villela, filha da arquiteta Adriana. Com poucas palavras, ela fez apenas uma descrição dos passos que deu até descobrir que os avós haviam sido assassinados. Carolina também afirmou que os avós e Adriana brigaram por diversas vezes por conta de dinheiro. Segundo a neta, a avó teria dito a mãe ;tinha gastos excessivos e não era econômica;. No entanto, as brigas não aconteciam só por este motivo. O depoimento da filha da arquiteta seguiu até as 18h.
O promotor de Justiça Mauricio Miranda disse ao final da audiência que é provável que caso seja levada a júri popular. Ele avaliou o caso como simples e explicou que há elementos da denúncia para a acusação de Adriana Villela.
Entenda o caso
O triplo homicídio aconteceu em agosto de 2009, no apartamento do casal Vilella, na 113 Sul. Os autos do processo foram distribuídos ao cartório no dia 1; de outubro de 2009. Em outubro de 2010, o juiz do Tribunal do Júri de Brasília acatou a denúncia do MPDFT, na qual quatro réus foram denunciados: Adriana Villela, filha do casal e acusada de ser a mandante do crime; Leonardo Alves, ex-porteiro do bloco onde ocorreu o triplo assassinato; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar, comparsa de Leonardo e Paulo.