A Polícia Militar deslocou, na manhã desta quinta-feira (11/11), o efetivo de 350 homens para garantir a segurança na continuidade das obras no Setor Noroeste. Por volta das 9h15, um caminhão da construtora Brasal chegou ao local com estacas e rolos de arame farpado para cercar um dos terrenos. Poucos manifestantes e índios estão na região e nenhum conflito foi registrado até agora.
Apesar da decisão judicial que autoriza as construtoras a retomarem as obras no Setor Noroeste a partir desta quarta-feira (9/11), as máquinas ficaram paradas durante toda a manhã. Policiais militares permaneceram no local, mas não houve conflitos entre manifestantes, índios e seguranças das empreiteiras.
A decisão judicial assinada pelo juiz José Maurício da Silveira e Silva, plantonista do Tribunal Regional Federal da 1; Região (TRF-1), de reforçar a segurança no local vale para índios e manifestantes, que tiveram embates com os trabalhadores das construtoras. No fim de semana, um grupo alinhado com os indígenas agrediu um vigilante, derrubou cercas e caixa d;água. A ação levou o advogado Nader Franco, que defende o interesse das três empresas, a ingressar com pedido de reforço policial e manutenção de posse na área.
Protesto
[SAIBAMAIS]A etnia Fulni-Ô rejeitou a proposta de acordo com a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), para trocar o terreno do Noroeste por uma a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), Cruls, localizada próxima ao Parque Nacional. Os índios exigem 50 hectares de terra, mas a sentença da desembargadora Selene Maria de Almeida, do TRF-1, delimita o espaço a 4 hectares.