O ex-funcionário da indústria União Química Farmacêutica Daniel Tavares fez uma nova denúncia nesta terça-feira (8/11) em um vídeo de uma entrevista a uma rede de televisão em Brasília, divulgado no Youtube. Segundo ele, as deputadas distritais Celina Leão e Eliana Pedrosa ofereceram R$ 400 mil além de uma mesada mensal pelo período de um ano para que acusasse Agnelo Queiroz de ter recebido propina do laboratório na época em que o governador do DF era diretor da Anvisa.
Durante entrevista também nesta terça, Agnelo Queiroz negou as acusações e disse que "tudo não passa de armação de seus adversários". "O que está acontecendo é uma armação. Estou sendo denunciado por um grupo, uma organização criminosa que governou Brasília e continua montando dossiês, pagando testemunhas. É isso que está acontecendo aqui. Não tem absolutamente nada a não ser armação criminosa. Isso eu tenho certeza que na Justiça, na realidade, nós iremos desmascarar", disse.
No vídeo divulgado no youtube, as deputadas negam a acusação de Daniel Tavares.
Denúncias
Anvisa
A deputada distrital Celina Leão (PMN) afirmou que o lobista Daniel Tavares denunciou ter pago propina ao governador Agnelo Queiroz (PT) no valor de R$ 50 mil em troca de uma interferência em favor da empresa União Química na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desse montante, R$ 5 mil teriam sido repassados em dinheiro na conta corrente de Agnelo, por meio de transferência eletrônica.
Programa Segundo Tempo
As denúncias que derrubaram Orlando Silva do Ministério do Esporte se estendem ao governador Agnelo Queiroz. Segundo o policial militar João Dias, que deu início ao escândalo, Orlando Silva teria sido beneficiado por um suposto desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo. Agnelo Quiroz é citado como beneficiário de um esquema de desvio de dinheiro no ministério. Agnelo comandou a pasta entre 2003 e 2006, sendo sucedido por Orlando Silva.