Jornal Correio Braziliense

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Agnelo rebate acusação de lobista e diz que denúncias são 'armação'

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), se defendeu nesta terça-feira (8/11) das acusações de recebimento de propina quando era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo ele, "tudo não passa de armação de seus adversários". O petista falou rapidamente à imprensa no Palácio do Planalto, após a solenidade de lançamento dos programas Melhor em Casa e SOS Emergências, do Ministério da Saúde, onde estavam ainda a presidente Dilma Roussef (PT), o ministro da Saúde, Antônio Padilha, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, governadores, senadores, deputados federais, distritais e estaduais e prefeitos.

"O que está acontecendo é uma armação. Estou sendo denunciado por um grupo, uma organização criminosa que governou Brasília e continua montando dossiês, pagando testemunhas. É isso que está acontecendo aqui. Não tem absolutamente nada a não ser armação criminosa. Isso eu tenho certeza que na Justiça, na realidade, nós iremos desmascarar", declarou Agnelo.

O governador acrescentou que o grande objetivo das pessoas que estão à frente das denúncias é atrapalhar o andamento das atividades do GDF na tentativa de voltar ao poder. "Vocês estão lembrados que eu derrotei uma organização criminosa que estava governando o Distrito Federal. Essa prática se repete em todas as denúncias. É compra de testemunhas, de alguém para tentar desestabilizar e voltar a poder no Distrito Federal", acrescentou.

Após a entrevista, de pouco mais de três minutos, o governador saiu às pressas acompanhado de assessores e seguranças.

Denúncias

A deputada distrital Celina Leão (PMN) afirmou que o lobista Daniel Tavares denunciou ter pago propina ao governador Agnelo Queiroz (PT) no valor de R$ 50 mil em troca de uma interferência em favor da empresa União Química na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desse montante, R$ 5 mil teriam sido repassados em dinheiro na conta corrente de Agnelo, por meio de transferência eletrônica.

Segundo Tempo
As denúncias que derrubaram Orlando Silva do Ministério do Esporte se estendem ao governador Agnelo Queiroz. Segundo o policial militar João Dias, que deu início ao escândalo, Orlando Silva teria sido beneficiado por um suposto desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo. Agnelo Quiroz é citado como beneficiário de um esquema de desvio de dinheiro no ministério. Agnelo comandou a pasta entre 2003 e 2006, sendo sucedido por Orlando Silva.