Os policiais civis do Distrito Federal estão em greve e programaram para quarta-feira (9/11) uma carreata da categoria a partir das 14h. Eles vão sair do complexo do Departamento de Polícia Especializada (DPE) em direção à Esplanada dos Ministérios, onde farão protestos em frente ao bloco K, sede do Ministério do Planejamento, localizado na via N1 (sentido Congresso - Rodoviária). Em seguida, os carros seguirão para a frente do Palácio do Buriti, sede do poder Executivo do DF.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Luciano Marinho, houve uma reunião na segunda-feira (7/11) com representantes da categoria, do governo do DF e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "A gente ainda não viu o GDF dar uma reposta definitiva. O que queremos é que o acordo firmado seja cumprido", disse Marinho. Ele informou que 70% do efetivo trabalha normalmente, "como determina a cartilha de greve".
O impasse entre a categoria e o GDF começou há 10 dias. Apenas ocorrências de crimes graves são feitas nas unidades, como estupros e homicídios.
Segundo o presidente do Sinpol-DF, Ciro José de Freitas, os policiais civis exigem uma restruturação na carreira e cobram do Executivo a implementação do acordo firmado em abril. Ele explicou que ficou acertado um reajuste de 13% e, por isso, a última greve acabou suspensa.
Sem aumento
O diretor-geral da Polícia Civil, Onofre José Moraes, disse ontem que não haverá reajuste para a categoria em 2011. Segundo o delegado, o aumento salarial depende de um aval do governo federal, que se mostrou contrário à reivindicação.
Onofre também adiantou que um edital para a contratação de 56 peritos será publicado nas próximas semanas. Acrescentou que está no cronograma de 2012 a realização de concurso para agentes, delegados e escrivães. Em reunião na segunda-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no DF se ofereceu para intermediar as negociações entre a categoria e o GDF.
No programa semanal de rádio que foi ao ar na última semana, o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), afirmou que questões orçamentárias impedem novos acordos por reajustes salariais ainda este ano. "O governo tem limitações no orçamento e que deve ter responsabilidade na aplicação dos recursos públicos" afirmou o governador.