A 6; Vara Criminal de Brasília começa a ouvir, a partir das 14h de hoje, as primeiras testemunhas do processo em que Durval Barbosa Rodrigues responde por crime de pedofilia. Ele é acusado de supostamente ter feito sexo ou mantido algum tipo de relação íntima com a mulher dele, Kelly Melchior Barbosa Rodrigues, na presença de duas crianças. Ex-secretário de Relações Institucionais do GDF no governo passado, Durval é o delator do maior esquema de corrupção já denunciado no Distrito Federal.
Uma segunda data já está pré-agendada ; ainda falta a confirmação oficial do dia ; para que sejam ouvidas mais testemunhas pelo juiz Sebastião Coelho da Silva. Em meados de setembro deste ano, o magistrado acatou a denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra Durval e Kelly por crime de ;satisfação de lascívia mediante presença de menor;. Em seguida, ele abriu o processo para que o casal seja julgado.
Arquivamento
Na mesma sentença em que acolheu a denúncia, Sebastião Coelho arquivou o inquérito da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) em relação a outros crimes que foram atribuídos a Durval e Kelly. A Polícia Civil os indiciou por delitos ainda mais graves. As delegadas da DPCA consideraram que havia evidências de estupro de vulnerável, ou seja, conjunção carnal ou prática de outro ato libidinoso com uma criança de três anos. A pena prevista, nesse caso, é de oito a 15 anos de reclusão.
A fase atual é a segunda da instrução do processo. Os advogados de Durval já apresentaram uma defesa prévia. Se houver provas contra ambos, eles podem ser condenados à pena que varia de dois a quatro anos de prisão, conforme o Código Penal Brasileiro. O advogado Dante Maciel, que representa Durval e Kelly, disse que a denúncia não procede. ;Temos a certeza da inocência do casal;, ressaltou. Segundo ele, ainda não há data prevista para os depoimentos do casal.