Depois de cinco dias de descanso, os deputados distritais voltaram ao trabalho ontem e resolveram não votar nada. Figuravam na pauta pelo menos cinco itens de interesse urgente do Governo do Distrito Federal (GDF). Mesmo assim, a base não compareceu em número suficiente para garantir quórum e a sessão foi aberta e fechada em apenas 10 minutos. Deputados da oposição reclamaram, argumentado que a manobra impediu os debates na Casa. O recesso ocorreu devido à mudança da comemoração do Dia do Servidor para a última segunda-feira, que acabou caindo na antevéspera do Dia de Finados. Os distritais aproveitaram a proximidade dos feriados para emendar os dias restantes.
O líder do governo na Câmara Legislativa (CLDF), Wasny de Roure (PT), bem que tentou articular a apreciação das propostas de interesse do Executivo. No sábado, antes de viajar para Caldas Novas (GO), onde passou o feriado prolongado, ele deixou tudo acertado para a votação. ;Quando cheguei aqui, fiquei sabendo por um colega que eles entenderam por bem desarticular a sessão;, disse Wasny. O líder, porém, acredita que tanto a prolongação do feriado como a ausência de deliberação foram medidas equivocadas. ;Passar cinco dias sem votar é muito ruim. Parece que a semana toda foi de folga;, lamentou.
A sessão ordinária foi comandada pelo vice-presidente da Casa, Dr. Michel (PSL). Ele deu início aos trabalhos às 15h30, com atraso de meia hora e a presença de mais sete colegas. O quórum era suficiente para a realização do grande e do pequeno expedientes, quando os parlamentares podem usar a tribuna para discursar e dar recados. ;Ninguém quis fazer o uso da palavra. Perguntei a todos se alguém queria falar, como ninguém se prontificou, tive de encerrar antes da Ordem do Dia;, justificou Michel.
Para dar início às votações, é necessária a presença de 13 distritais. No entanto, outros deputados estavam na Câmara e chegaram ao plenário logo após o encerramento. ;É muito ruim para a Casa, porque tivemos uma troca de feriados e tínhamos de aproveitar o último dia para votar;, reclamou Celina Leão (PSD). Ela garante que ia chegar na hora caso não tivesse sido abordada por um colega fora do plenário, o que acabou causando seu atraso. ;Se esperassem mais um pouco, como se faz normalmente, haveria quórum;, alegou Celina.
Na pauta
A prioridade do GDF é aprovar dois créditos suplementares que somam R$ 106 milhões. Além disso, há o PLC n; 20, que visa autorizar a adequação do projeto para a construção de mais um anexo na Câmara dos Deputados. Já o PLC n; 18 faz a adequação da poligonal do terreno pertencente à Embaixada da França. Por sua vez, o PL n; 484 muda as regras para a composição da banca examinadora do Detran-DF.