Jornal Correio Braziliense

Cidades

Policiais civis recusam proposta do governo e mantêm paralisação de 72h

A paralisação dos policiais civis por 72 horas na próxima semana está mantida. A decisão foi tomada durante assembleia na tarde desta sexta-feira (21/10). A categoria esteve reunida para analisar a proposta do governo do DF. "Ela não atende a todos os policiais", afirmou Luciano Marinho, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).

Na tarde de ontem, o sindicato esteve reunido com representantes das secretarias de Administração e de Segurança Pública. O governo apresentou uma proposta hoje, que foi recusada pela categoria. Segundo Marinho, na proposta havia dois tópicos. " Um deles é o pagamento de particípio financeiro, quando o Estado tem dívidas com os policiais, como auxílio-creche, ou dívidas antigas de insalubridade. Esse acúmulo poderia ser pago de uma vez só, mas só esse pagamento não atende a toda categoria. A outra é uma alteração na forma de progressão, o que já deveria estar ocorrendo desde abril, quando foi assinado o acordo", explicou o vice-presidente do Sinpol.

Os agentes voltam a se reunir em assembleia na quinta-feira (27/10), último dia de paralisação, às 15h no Parque da Cidade.

[SAIBAMAIS]Nova paralisação
A categoria vai parar por 72 horas: das 8h de segunda-feira (24/10) até as 8h de quinta-feira (27/10). Somente os serviços essenciais de ocorrências graves serão atendidos. Os policiais param os serviços como forma de pressionar o Governo do DF em relação ao acordo assinado pela categoria em abril de 2011. Entre as reivindicações está o reajuste de 13%.

De acordo com Luciano Marinho, a entrada para o Complexo da Polícia Civil vai ficar bloqueada durante a paralisação. "Nós faremos piquetes impedindo a entrada dos policiais também nas delegacias", contou o vice-presidente do Sinpol. Segundo Marinho, nem mesmo o trabalho de remoção de cadáveres por morte natural será feito.