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Julgamento do pai suspeito de matar a filha já dura quase 24 horas

O julgamento do homem suspeito de assassinar a filha em fevereiro de 1999 foi retomado às 8h30 desta sexta-feira (21/10). A sessão do Tribunal do Júri do Gama, que começou por volta das 9h de quinta-feira (20/10), já dura quase 24h. Entre os depoentes ouvidos na segunda parte estava o pai, Davi Carvalho de Souza, que teria espancado Elaine Carneiro de Souza, 19 anos, usando um instrumento perfurocortante, descrito na ação como meio cruel. De acordo com o laudo do exame cadavérico, a vítima sangrou até a morte. A razão do crime, levantada pela acusação, seria o ciúme doentio e possessivo. A previsão é de que o juíz dê a sentença no final do dia.

Segundo testemunhas, o pai tinha costume de agredir a filha com socos e pontapés. Ela era proibida de namorar e, por vezes, ficava sem poder sair de casa. Por conta de discussões com o suspeito, Elaine teria decido morar com os avós. Há uma aparente divisão na família. A mãe da vítima é testemunha de defesa, acompanhada pelos dois irmãos, enquanto outros familiares são testemunhas de acusação.

Na quinta-feira, as testemunhas de acusação foram interrogadas, assim como o agente da 14; DP, que participou das oitivas. A primeira testemunha foi a delegada-chefe, à época, da 14; Delegacia de Polícia do Gama. A então titular descreveu o material coletado durante as apurações. Segundo ela, as lesões identificadas na jovem poderiam ter sido causadas pelo piso áspero existente na casa da família. Os laudos da perícia apontam indícios de culpa do réu. As testemunhas de defesa e o réu foram ouvidos hoje.

[SAIBAMAIS]Ainda de acordo com testemunhas, ele teria apresentado um ferimento no ombro à época do enterro da jovem. Os laudos de exame local e cadavérico descrevem que havia lesões características de defesa na vítima. O corpo foi encontrado em um lixão em meio aos dejetos. O local do crime não foi identificado durante as investigações.