Cerca de 20 mil pessoas participaram da 2; Marcha Contra a Corrupção e a Impunidade, segundo estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal. Os manifestantes tomaram a Esplanada dos Ministérios em Brasília na manhã desta quarta-feira (12/10), em defesa do fim do voto secreto no Poder Legislativo, da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e da manutenção das atribuições do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os manifestantes percorreram a Esplanada dos Ministérios, entre o Museu da República e o Ministério do Exército.
O movimento teve a participação de pessoas de todas as idades, que à pé ou de bicicleta gritavam palavas de ordem, usando vassouras e faixas com frases contra a corrupção. Carregando a bandeira do Brasil e um grande desenho de uma pizza, os manifestantes saíram da Praça da República e foram até a Praça dos Três Poderes, onde estão localizados o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo; o Supremo Tribunal Federal (STF), sede do Poder Judiciário; e o Congresso Nacional, sede do Poder Legislativo.
Paulo Chagas, 62 anos, militar da reserva, participou da manifestação acompanhado da mulher, Eliane Chagas, 59 anos, das duas filhas e do neto. Três gerações que dedicaram a manhã deste feriado à marcha contra a corrupção. ;Entendemos que esse movimento é preventivo, porque evita que a vergonha que minha família sente dos políticos brasileiros acabe contaminando o orgulho que sentimos do nosso país. É uma manifestação espontânea, contra algo que está prejudicando nossa vida em sociedade. Pagamos muitos impostos, que vão para o bolso dos desonestos. Se o governo quer aumentar impostos, antes tem que acabar com o dreno da corrupção", critica Paulo.
A caminhada tinha término previsto para as 10h, mas só foi encerrada por volta de 12h30, em frente ao Palácio do Planalto, onde os manifestantes cantaram o hino nacional. Além do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral, a marcha contou com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Essas organizações defendem que o CNJ seja mantido como órgão competente para examinar processos e punir magistrados.
Novos temas
Além dos temas já conhecidos, outro ressaltado na marcha foi o envio de recursos para paraísos fiscais. Em meio aos manifestantes, cinco pessoas vestidas de piratas levavam faixas pedindo que sejam adotadas medidas para evitar o uso da artifícios para sonegar impostos.
Veja algumas imagens do protesto: