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Cidades

Informais no Distrito Federal ganham mais que os de carteira assinada

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (28/9) pela Secretaria do Trabalho, mostrou o comparativo entre os meses de julho e agosto deste ano. Segundo a pesquisa, no setor privado, os trabalhadores sem carteira assinada tiveram aumento no salário em 9,6% e os trabalhadores com carteira assinada conseguiram 2,9%. Autônomos registraram 13% de aumento nos rendimentos médios. O rendimento médio real dos trabalhadores ocupados em julho ficou registrado em R$ 2.019, representando um aumento de 3,4% em comparação a junho. Já os trabalhadores assalariados tiveram rendimento médio de R$ 2.181, 3,6% a mais que no mês anterior.

A taxa de desemprego do Distrito Federal teve uma ligeira queda entre os meses de julho e agosto deste ano. De acordo com PED, o índice de 12,4% registrado em julho caiu para 12,3% no mês passado. Os dados representam a criação de quatro mil novos postos de trabalho. O percentual é estudado apenas entre a população economicamente ativa. A secretaria informou que a população desempregada do DF no mês de agosto "permaneceu estável", em 173 mil pessoas.

Distribuição de renda

De acordo com a Secretaria de Trabalho, a desigualdade na distribuição de renda diminuiu nos últimos 12 meses no DF. Entre os ocupados, os 25% mais pobres apresentaram aumento de 7,6% na renda média, enquanto os 25% mais ricos tiveram diminuição de 3,2%. Entre os assalariados, os 25% mais pobres apresentaram aumento na renda média de 4,6% e os 25% mais ricos registraram redução de 3,7%.

Segundo a pesquisa divulgada, o resultado geral foi uma combinação de pequenas oscilações da Taxa de Desemprego Oculto, que passou de 3,7% para 3,4% e da Taxa de Desemprego Aberto, que aumentou, passando de 8,7% para 8,9%. A Taxa de Desemprego Oculto pelo Trabalho Precário passou de 2,2% para 2% e a Taxa de Desemprego Oculto pelo Desalento caiu de 1,5% para 1,4%. A Taxa de Participação se manteve estável em 62,6%.

Diferença
Em relação aos setores que mais criaram postos de trabalho, aparecem Indústria (9,1%) e Construção Civil (2,9%). Na administração pública, o aumento foi de 1%. Vale ressaltar que há diferenças entre trabalhar na administração pública e ser servidor público. Por exemplo, um estagiário de uma assessoria do GDF ou uma pessoa que ocupe cargo de confiança trabalham na administração pública. No entanto, os servidores são aqueles que assumem cargos após serem aprovados em concursos públicos.

O tempo médio de procura por trabalho reduziu de 47 semanas em agosto de 2010 para 44 semanas no mesmo mês deste ano.